17 setembro 2025

Poemas do Tudo e do Nada - 6: Matéria

A massa em repouso m=E/C2     ou  “ E=mc2”

Materia 

Na matéria se condensa

Num espaço impenetrável

Energia fixa e informação variável

Pelo menos é o que se pensa 

Na comunidade da ciência.


Em termos de conversão 

Pelo que diz a experiência

Há perfeita equivalência

Exceto na informação

Entre matéria e energia


E o que o saber deduz

É que temos na companhia

Da matéria e da energia

A velocidade da luz

Elevada ao quadrado


E fica completo o quadro!


14 março 2025

Poemas do tudo e do nada - Pagar pela lingua

Diz o povo com razão:
"Promessas, contratos e dívidas
São de saldar  por inteiro."
Se quiseres ser respeitado, então
Paga o que deves primeiro. 
E olha que uma intenção, Publicamente exibida.
Tem a força de um contrato,
Certificado no ato,
Como coisa prometida.
Eu também fui dos tais
Que na minha juventude respondeu sem pensar mais.⁹
À questão que nos foi posta 
por uma  colega de meia idade,
de muitos amores  bem vivida.
Preferes uma vida curta de felicidade?
Ou vida longa e sofrida? 
Gostaria de viver para sempre, respondi. 
Mesmo que purgatório fosse aqui.
- E viver um inferno neste mundo?
Claro que preferia, se isso me desse longa experiência de vida.
Estou a pagar pela língua,
pois que ainda estou vivo ,
mas as penas do meu penar
Estão muito para além 
Do que  podia imaginar,
Ser suportado por alguém,
Sem pedir para findar.

A

21 julho 2024

transformação consciente

Biologia da transformação: da ciência à consciência
 Maria Dulce Subida Gerente e Facilitadora de processos de transformação consciente, Camun (Chile) 
Cheguei ao DBio em 1997 e, aí, ao aprender sobre a importância ecológica da Ria de Aveiro, apaixonei-me pelos ecossistemas costeiros bentónicos. 
Foi o interesse pelo comportamento das pulgas-do-mar (Talitrus saltator) que me levou a bater às portas dos Professores Doutores Henrique Queiroga e Marina Cunha. Com a Marina conheci os Corophium e os Gammarus, e adquiri as bases cientí cas de trabalho de campo, de laboratório e de análise de dados, que me permitiram seguir uma carreira de investigação, sempre vinculada ao estudo e conservação de ecossistemas bentónicos costeiros. 
A minha aventura como investigadora cientí ca começou no laboratório coordenado pelos Professores Doutores Ana Rodrigues e Victor Quintino, como bolseira de investigação; aí tive a sorte de trabalhar com a São Ravara, com a Joana Oliveira, com a Teresa Peres, e com o incomparável Sr. Rui. 
Durante todo esse período, continuei a trabalhar com a Marina, que foi orientadora do meu doutoramento, e a quem agradeço ter-me mostrado a magia dos pequenos mundos da Ria de Aveiro. 
Durante os 11 anos de vínculo com o DBio, desenvolvi um interesse particular por entender as consequências do impacto do ser humano nos ecossistemas costeiros, e pela sua conservação. Com este foco, trabalhei 4 anos no CSIC - Consejo Superior de Investigaciones Científicas de Cádis em Espanha.  
No ano de 2012, viajei para o Chile com um contrato de pós-doutoramento para estudar o impacto das atividades humanas nos bosques de macroalgas do ecossistema costeiro rochoso da zona central desse país. Na ECIM - Estación Costera de Investigaciones Marinas, da Ponti cia Universidad Católica de Chile (UC), trabalhei durante 6 anos em investigação para a conservação de bosques de macroalgas e outros recursos bentónicos. “Comecei a sentir que tudo o que tinha aprendido e dado a conhecer à sociedade sobre as consequências dos nossos impactos nos ecossistemas costeiros, não tinha uma tradução imediata em políticas públicas e mudanças de comportamento das pessoas." MARIA DULCE SUBIDA 

20 julho 2024

Poemas da infnância 2 - Carramilos

 Carramilos (1)

Eh! Malta ! Vamos chupar  carramilos!

Há muitos nas sebes do hospital!

Não vão outros descobri-los,

E deixar-nos ficar mal ,

a chupar no dedo,

 por não os colhermos mais cedo.

Estão grandes e apetitosos!

Com um suco tão docinho!

 E ficam mesmo no caminho

Destes rapazes gulosos.


( 10 anos )







(1) Rebentos comestiveis, tenros e adocicados da roseira mosqueta.

21 junho 2024

poemas da adolescência 3- farpas

Farpas para os novos regulamentos


Não fazer isto, não fazer aquilo...
"É proibido estacionar na frente do Liceu..."
Aí, Jesus! Que lá vou eu !
Com tanta arbitrariedade.
Se isto antes valia pouco 
agora é uma  nulidade!
Mas quem manda é quem o quer. 
Pois até nos " feriados"
Quer que sejamos obrigados
 a aturar o " Xavier".
 "Antes de chegar o professor, 
os alunos devem esperar 
sentados, calados no seu lugar."
Como somos "obedientes"
Contrariamos  o que isso é.
 Fazemos por ser diferentes
E ficamos todos de pé.
"Aos que comem na cantina",
Como comem bem e barato,
" É proibido ir lá para fora..."
Têm medo, se calhar ,  
Que possamos revelar
 o que nos pôem no prato.
Ou então  que da sobremesa 
de um biscoito ou uma castanha
Ainda nos sobre com certeza 
Uma quantidade tamanha
Que a gente em a vendendo
Tenha tantos dividendos
Que cheguem para comer lá fora.
E com esta termino por agora
Não vá sair mais um regulamento
Que me proíba de pensar
 e expressar o pensamento



(17anos)