Quando tinha oito anos aconteceu-me uma noite, cerca das 22h ,estar acordado na cama (em 1961 não tínhamos televisão) sem conseguir conciliar o sono e
Queixei-me disso ao meu pai que me deu a receita de adormecer: fazer de conta que estava a contar uma estória para os mais novos. Assim fiz e adormeci. Desde então. As melhores estórias que imaginava passava-as para um caderninho
Contador de estórias
de lendas e glórias,
passadas...
de viagens e contendas
dos heróis das crianças,
presentes...
Gravas-nos na memória
Outros feitos e lembranças,
de outras gentes...
E, por veredas e ruelas,
deixas no pó das estrelas,
as marcas das tuas pegadas.
Os contos mágicos que lanças,
criam sonhos nas crianças,
pasmadas...
com estórias de encantar:
de magos, heróis e vilões,
homens de lata, leões,
bichos que sabem falar
e outras esquisitices,
de outras terras e outras gentes,
em tudo de nós tão diferentes,
que até colhem da árvore dos bifes,
a carne para se alimentar.
"E, nas suas deslocações,
até destinos bem distantes,
não vão como os demais viajantes.
Mandam abrir os portais
E sem ser preciso usar
carros, barcos e aviões.
Basta-lhes atravessar
A superfície brilhante
Da janela que os conduz,
Por outras dimensões
Mais rápido do que a luz.
E fazem coisas de pasmar
Como ter um pé na terra
E outro no chão lunar.
Com tal tecnologia,
Que por mais que a estude
Não a distingo da magia."
(10 anos com uns retoques de 2024 ),
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