Os poderes de estado ( Legislativo, Executivo, Judicial, Militar e Económico) nos estados actuais baseados na Democracia Representativa estão monopolizados pela classe política que é a classe que mais beneficia deste tipo de organização de estado e por isso é aquela que mais faz a apologia dessa forma organização.
O princípio base com que a classe política encara os poderes de estado é o da subordinação ao Poder Político (poder constitucionalmente atribuído aos órgãos eleitos) .
A classe Política define o poder político como a conjunção do poder legislativo com o poder executivo e a supervisão dos poderes: judicial, militar e económico e entende que esse é o poder supremo dos órgãos de estado e também dos órgãos sociais das sociedades comerciais. Todos os outros órgãos e os cidadãos têm um estatuto de subordinados do poder político.
Nas Democracias Representativas actuais a classe política ( a classe dos alguma vez eleitos ) constituiu-se como uma classe de cidadãos, com poderes, estatuto e rendimentos privilegiados em relação a todas as outras classes sociais.
Por isso é que é esta classe aquela que faz a mais entusiástica apologética da Democracia Representativa e cria por todos os meios incluindo os mais violentos as condições objectivas que impedem a adaptação dos estados modernos às novas condições de participação de cidadania que a tecnologia coloca à disposição dos cidadãos.
A classe política é o esteio principal do conservadorismo seja qual for o país ou a organização administrativa particular que se considere. As aparentes diferenças teóricas no campo ideológico entre os "ismos" representativos das diversas frações da classe política, esbatem-se se forem observadas friamente "de fora" e encontramos em todos o mesmo padrão comportamental: o conservadorismo imobilista e a ganância pela detenção de poder e privilégios corporativos de fracção ou de classe em relação a todos os outros cidadãos.
Em todos os países onde os "ismos" foram mais marcados, a classe política atingiu máximos numéricos e maior penetração em todas as estruturas sociais. Esta classe foi responsável pela maioria das grandes desgraças que atingiram as sociedades modernas desde as guerras, às fomes, aos colapsos da economia, às grandes fraudes, aos desastres tecnológicos e aos desastres ambientais, cujas consequências se farão sentir por milénios, podendo mesmo afectar o futuro da humanidade e da vida na Terra tal como a conhecemos.
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