17 agosto 2017

Uma visão pós Marxista da Teoria do Valor (parte 13)



A economia da civilização atual

A sociedade humana tem presentemente uma economia de modo de produção capitalista que está numa fase da sua evolução caraterizada por:

- Globalização da economia

- Sociedade de consumo

- Domínio absoluto do capital financeiro ao nível planetário

- A taxa de concentração e centralização dos capitais ter o valor máximo histórico e estar ainda a crescer

- Destruição acelerada das chamadas classes médias industriais, comerciais e trabalhadoras

- Destruição acelerada dos estados-nação e tentativa de criação de organizações supra nacionais paraestatais.

- Domínio absoluto da classe política sobre todas as outras classes sociais  

A estrutura económica da sociedade atual é uma estrutura em pirâmide organizada em níveis de concentração e centralização dos capitais combinados com niveis de exercício do poder, niveis de usufruto de recursos, e níveis de satisfação das necessidades individuais.
 
A condição de sustentabilidade
Sustentabilidade significa no fundo a continuação da estrutura (sobrevivência) e da continuação das tendências evolutivas.
Poderá então considerar-se que a sociedade humana tal como foi caraterizada anteriormente consegue manter o modo de produção capitalista?
Para responder a esta pergunta temos de saber qual é a fonte de energia que alimenta esta estrutura e esta evolução.
O crescimento da população é uma realidade (atualmente ainda é um crescimento quase exponencial) e é uma condição necessária para a manutenção  da sociedade com as caraterísticas atuais.
A evolução tecnológica confirma a massificação da produção automática de bens e serviços.
Em termos económicos a disponibilidade de Ti (trabalho indireto) está a aumentar em forma exponencial condicionada pelo aumento populacional e pela produção automática de bens e serviços (ambas com crescimento exponencial).
Os consumos de recursos materiais e energéticos têm procura exponencial mas a oferta ou disponibilidade já está na fase final de evolução da curva sigmoide (incrementos limitados)
A condição de sustentabilidade do sistema económico atual e da civilização tal como a conhecemos implica um equilíbrio entre o crescimento do consumo de bens e serviços (determinante da procura) e a oferta ou disponibilidade de recursos materiais (recursos do solo subsolo e mar).

O problema
Isto é muito difícil, senão impossível de manter a par com um crescimento exponencial da população, se esta não for empobrecendo à medida que aumenta o seu número, mesmo considerando que mais população, significa mais população ativa e portanto mais valor passível de ser incorporado na produção de bens e serviços.

Teorema
Não pode haver enriquecimento da população mundial, sem descobrirmos novas fontes de recursos energéticos de e outros recursos materiais, se  quisermos deixar sem controlo o crescimento populacional. Nem sequer a “robotização” acelerada ( incorporando mais TI – trabalho humano indireto, nos bens e serviços tornando-os mais baratos )  pode sustentar para sempre, o enriquecimento a crescer em paralelo com a população.
A demonstração matemática será feita numa próxima publicação.
Continua...

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