06 setembro 2017

Aprendizes de feiticeiro (parte 4)


Dissertação sobre certezas previsões e profecias (parte 4)
Bases do método para investigação experimental sobre o grau de objetividade ou projectividade do universo.

Concetualmente método é um caminho para atingir um fim. Como bibliografia pode-se consultar: https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo ; http://conceptodefinicion.de/metodo/ ; http://conceito.de/metodo , além de muitos outros artigos disponíveis na internet ou em livro.

Neste artigo considero método como um conjunto de procedimentos padronizados para obtenção de resultados ou efeitos a partir de causas, passível de uso por qualquer pessoa conhecedora, em que os resultados obtidos são independentes do observador. Esses resultados são sempre de natureza experimental e a sua verificação (registo e análise) pode fazer-se recorrendo às regras do pensamento lógico-matemático.
O método que proponho para a pesquisa das propriedades do universo que nos permitam discernir o grau de projectividade do universo observável baseia-se em alguns pressupostos (conjeturas) que são os seguintes:
  • O nosso universo é composto por três classes de entidades observáveis (que interagem com o ser humano ou com os seus instrumentos) : matéria, energia e informação. Aos elementos dessas classes de entidades que interagem com os sentidos naturais ou com os instrumentos de medida chamo propriedades.
  •  Qualquer propriedade do universo enquadra-se pelo menos numa das classes citadas.
  •  Às propriedades mensuráveis (que se podem representar e classificar por ordem de grandeza numérica) de forma independente de quaisquer outras, chamaremos dimensões.
  •  As propriedades e dimensões estruturais do nosso universo, pertencem à classe da informação. São propriedades e dimensões lógico-matemáticas.
  •  O universo (ou qualquer das suas partes) é compreensível (o seu conhecimento está ao alcance de seres inteligentes), obedecendo a leis de evolução e de conservação que se manifestam em todas as suas propriedades e dimensões. A essas leis chamo leis do acaso e da necessidade.
  •  Chamamos estados do universo aos conjuntos possíveis dos valores das suas propriedades. Estados contíguos são estados em que pelo menos uma das propriedades varia entre dois valores o mais próximo possíveis (sem outros valores permitidos entre eles). Esses valores permitidos, dependendo das propriedades, podem pertencer a conjuntos lógico-matemáticos compostos por valores numéricos sucessivos ou avulsos (fora da ordem natural de sucessão matemática).
  •  Princípio da causalidade: é sempre possível estabelecer um nexo causal entre quaisquer dois estados contíguos do universo. Ou seja, um estado implica os estados contíguos segundo uma lei de evolução compreensível. Ou seja, o universo é previsível, podendo no mínimo fazer-se o cálculo dos estados por meio de certezas ou previsões.
  •  Princípio da existência de memória: há estados de  propriedades da matéria em que os estados contíguos, nas dimensões de informação podem ter mais do que um valor final dependente do seu valor inicial.  Ou seja há mais do que um caminho para se passar de um estado para outro contíguo.
  •  Princípio do atomismo: em todas as dimensões do universo há um limite inferior para os valores permitidos e todos os valores seguintes são múltiplos inteiros desse limite inferior. Ou seja, se um estado contém uma dimensão mínima esse estado é um construtor ou “tijolo” do universo.
  •  Princípio da anisotropia: o universo é anisotrópico. Quaisquer que sejam dois conjuntos distintos de propriedades (estados), considerando que essas propriedades se referem às mesmas dimensões, não existe possibilidade de os descrever pela mesma informação.
  • Princípio da existência do tempo: há uma propriedade da classe de informação que regista a sucessão de estados. A essa propriedade chamamos tempo e é irreversível.
Com estes  pressupostos podemos abordar o grau a projectividade do universo, calculando certezas, fazendo previsões e definindo profecias que se possam validar por meios experimentais, mesmo sem termos a varinha mágica do Harry Potter ou sem conhecermos o livro de receitas dos feitiços do mágico Merlin.

Assim, proponho um conjunto de verificações experimentais, físicas e lógicas, cujos resultados serão fundamentais para estabelecer o grau de projectividade do universo com um todo ou da parte do universo que estiver no âmbito de cada experiência. Aos físicos experimentalistas deixo o desafio de fazer estas experiências ou de imaginar quaisquer outras adequadas.
A classificação do grau de projetividade será feita de acordo com os dez graus cibernéticos (de zero a nove) estabelecidos como medida do controlo da ação. O nível inicial será o grau zero e corresponderá a um universo “determinista e/ou aleatório” completamente desprovido de projeto em que os acontecimentos se desenvolvem de acordo com as leis do acaso e da necessidade. O nível final será o grau nove que corresponderá a um universo projetivo capaz de controlar completamente o seu destino e a matéria do seu projeto.

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