Todo o mundo é composto de mudança....
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- Diário - reflexões diárias sobre vários temas.
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A partilha destas reflexões com os leitores da Web permitirá com certeza enriquecer o debate.
21 julho 2024
transformação consciente
20 julho 2024
Poemas da infnância 2 - Carramilos
Carramilos (1)
Eh! Malta ! Vamos chupar carramilos!
Há muitos nas sebes do hospital!
Não vão outros descobri-los,
E deixar-nos ficar mal ,
a chupar no dedo,
por não os colhermos mais cedo.
Estão grandes e apetitosos!
Com um suco tão docinho!
E ficam mesmo no caminho
Destes rapazes gulosos.
( 10 anos )
(1) Rebentos comestiveis, tenros e adocicados da roseira mosqueta.
21 junho 2024
poemas da adolescência 3- farpas
20 junho 2024
Poemas da adolescência 2 farpas
Poemas da adolescência
A felicidade perdida
Depois de um desgosto de amor
Procuraste-me e deitei-te fora
Achei que eras convencida.
Agora sou eu quem procura
Mas tu continuas.... perdida
Como me censuro agora
Por não ter ter guardado bem
Por ter atirado fora
O melhor que o mundo tem
Vejo - te com outra gente
Mas não queres a mim voltar,
Vem ao menos levemente
Minha felicidade interíor
Vem ao menos p'ra tornar
a minha tristeza menor.
(15 anos)
16 junho 2024
Poemas da Infância 3 - Contador de estórias
Quando tinha oito anos aconteceu-me uma noite, cerca das 22h ,estar acordado na cama (em 1961 não tínhamos televisão) sem conseguir conciliar o sono e
Queixei-me disso ao meu pai que me deu a receita de adormecer: fazer de conta que estava a contar uma estória para os mais novos. Assim fiz e adormeci. Desde então. As melhores estórias que imaginava passava-as para um caderninho
Contador de estórias
de lendas e glórias,
passadas...
de viagens e contendas
dos heróis das crianças,
presentes...
Gravas-nos na memória
Outros feitos e lembranças,
de outras gentes...
E, por veredas e ruelas,
deixas no pó das estrelas,
as marcas das tuas pegadas.
Os contos mágicos que lanças,
criam sonhos nas crianças,
pasmadas...
com estórias de encantar:
de magos, heróis e vilões,
homens de lata, leões,
bichos que sabem falar
e outras esquisitices,
de outras terras e outras gentes,
em tudo de nós tão diferentes,
que até colhem da árvore dos bifes,
a carne para se alimentar.
"E, nas suas deslocações,
até destinos bem distantes,
não vão como os demais viajantes.
Mandam abrir os portais
E sem ser preciso usar
carros, barcos e aviões.
Basta-lhes atravessar
A superfície brilhante
Da janela que os conduz,
Por outras dimensões
Mais rápido do que a luz.
E fazem coisas de pasmar
Como ter um pé na terra
E outro no chão lunar.
Com tal tecnologia,
Que por mais que a estude
Não a distingo da magia."
(10 anos com uns retoques de 2024 ),
11 junho 2024
Poesia o percurso 1- Na infância
"Nos primeiros contactos entre a curiosidade e a sede de saber, a rima poética deixou uma marca profunda num espirito sonhador e criativo que decidiu criar em palavras a emoção das cores registadas pelo meu olhar sobre o mundo."
O Vendedor de rosas
Que belas cores!
Têm as flores!,
Brancas? vermelhas?
Comprem senhores!
Sintam os cheiros.
Sejam os primeiros
a ver as centelhas
que tem o brilho
dos olhos dos vossos amores
ao receber este ramo de rosas!
(7 anos de idade)
05 maio 2024
O custo total dos bens e serviços produzidos na era da 4ª Revolução Industrial
Perante os efeitos da temível herança de poluição e destruição ambiental, que todos os povos sentem e nos foi legada pelos países industrializados dos sec. XVIII, IXX e XX e que continuamos a aumentar neste 1° quarto do séc XXI, atualmente, já se incorporam nos custos presentes (custos de aquisição e manutenção) também parte dos custos futuros da remoção da pegada ecológica, reciclagem e reconstrução da estabilidade ambiental.
Por exemplo: os custos da reconstrução da estabilidade ambiental, derivada do consumo de combustíveis fósseis, é uma soma gigantesca, cujo pagamento, ao nível das capacidades de produção atual, da humanidade, consumirá o esforço das gerações de vários séculos e, apenas, se estas passarem a levar um estilo de vida frugal, extremamente regrado, não acrescentando mais poluição àquela que já existe e, além disso, planearem com muito cuidado o seu número, para que a sua permanência no planeta terra, não altere as condições ambientais de suporte à vida, como se tem feito até agora. Segundo os autores do livro One Earth4All, a Humanidade está a consumir recursos como se a superficie do nosso planeta fosse 20% maior.
A Humanidade para se desenvolver ao mesmo ritmo que se desenvolveu nos sec. ÇXIX e sec. XX precisa de dispor de energia transformável a uma taxa no mínimo equivalente ao triplo do consumo anual da atualidade . Ora, os recursos energéticos atuais têm sido maioritariamente suportados pelos combustíveis fósseis, (gás, petróleo e carvão) cujos custos de remoção dos lixos e da compensação dos seus efeitos ambientais, são mais de 10 vezes os custos atuais de comercialização ( cerca de 90 USD barril de petróleo). Isto significa que não estão a ser considerados estes custos e a energia que estamos a consumir, está a ser paga pela geração atual a cerca de 10% daquilo que deveria ser.
O desenvolvimento da consciência ambiental na população do sec XXI, em particular nas suas camadas jovens, não consegue muito mais do que trazer à luz do dia o problema dos enormes custos, determinados pelo o atual modo de vida em sociedade. Custos.. esses, constantemente escamoteados pela classe política e por uma maioria da classe capitalista. O seu pagamento foi e continua sendo propositadamente adiado e propositadamente transposto para as futuras gerações da Humanidade e dos outros seres vivos.
As gerações presentes, desde os adolescentes até aos reformados idosos, têm de tomar consciência que o usufruto dos bens e serviços da sua comodidade, não têm apenas os custos de aquisição e manutenção, têm também, os custos da reconstrução da estabilidade ambiental ( reciclagem e outros) e que para esses custos serem comportáveis para todos: gerações presentes e futuras, temos de basear o nosso modo de estar no mundo em três erres : Reduzir, Reutilizar, Reciclar. Temos de mudar o atual modo de produção capitalista que por definição é uma economia não planificada, de sistema aberto, de pressupostas fontes de energia e matérias primas inesgotáveis e ilimitada capacidade de absorção de detritos, para um modo de produção com uma economia de sistema fechado - a economia circular, que, pela sua natureza de economia fechada, tem de ser uma economia muito bem planificada, ao nível do consumo, tanto em quantidades, como em tipos permitidos de consumíveis.
O tempo das coisas descartáveis, do consumo sem regra e da elevação do dinheiro ao estatuto de deus, tem os seus dias contados. Estamos digir-nos em direção às portas do Apocalipse e temos de inverter o nosso comportamento. Esperemos que não seja já demasiado tarde...
02 maio 2024
O primeiro de Maio 50 anos depois de ser libertado.
01 maio 2024
O Gato Schrödinger 3 - O Presépio
Schrödinger 3 - O Presépio
Conto escrito em honra do Cheshire o ultimo gato agora na nossa companhia , que foi adotado ainda mal desmamado e é o gato mais arisco que por cá passou.
Para mim, a noite de Natal, é sempre uma noite mágica. Desde menino que ficava encantado a ver o presépio a representar o nascimento de Jesus, que na nossa casa ficava usualmente ao lado do pinheiro, ornamentado com luzes e neve artificial e encimado com a estrela dos reis magos.
Olhava agora para o presépio já não com o encantamento da infância, mas com o maravilhar de adolescente cheio de dúvidas.
Porque seria que se representava sempre Jesus nascido, deitado numa manjedoura com palha e com uma vaca e um burro ao seu lado?
Eu achava que tendo nascido numa região de pastores do Médio⁸ Oriente, o mais natural é que esse curral de animais fosse de ovelhas. Tinha de perguntar ao Schrödinger o que é que ele pensava disso, pois o meu gato é um poço de sabedoria.
Como que adivinhando os meus pensamentos ele apareceu de súbito ao meu lado, vindo do nada como sempre fazia. –“Esse presépio representa mal o nascimento do vosso Deus!”- disse o meu gato Schrödinger.
“-Como assim? Então Jesus não nasceu num curral de animais?” – Interroguei-o admirado por ele antecipar as minhas dúvidas.
– “ Sim, Jesus nasceu num curral de animais, mas a representação que vocês fazem não está correta. Não havia vaca e falta um gato e as ovelhas junto à manjedoura!”- respondeu-me .
- “ Como sabes?” - interroguei-o . A sua resposta veio após uma pequena pausa. Se Schrödinger fosse humano diria que tinha ficado com a voz embargada.
– “Eu estava lá! “.
A resposta deixou-me estupefacto. Eu sabia que o Schrödinger tinha vivido muito, mas não imaginava que tivesse assistido ao nascimento de Jesus.
–“Como sabias que ia nascer ali o Salvador do mundo?”-Perguntei.
Schrödinger respondeu-me com simplicidade:
- “ Nós, os gatos, mantemos vigilância sobre todos os planetas conhecidos com Vida. A Vida é tão rara e tão preciosa, que procuramos impedir todas as circunstâncias que possam interromper qualquer caminho que a Vida encontre. E, neste planeta, além de ter nascido Vida, esta já se tornou inteligente, o que ainda é mais raro.
A mim está-me atribuída a vigilância deste quadrante da galáxia e estou muito orgulhoso de poder seguir a evolução da humanidade. Conheço todas as civilizações da Terra e naquele tempo também já conhecia as crenças e profecias da religião judaica. Eu sabia que naquela época estaria para nascer o esperado Messias. Só não tinha relacionado com o facto de esse ser o tempo da chegada à terra, da luz da super-nova que destruiu o sistema solar de onde eram originarios os gatos. Contudo, quando vi o clarão, fez-se luz na minha mente.
A radiação da explosão , no momento da sua chegada à terra, apontava diretamente o curral de Belém. Era só fazer algumas contas e localizava-se o curral de forma mais precisa do que vós faríeis com o vosso GPS. Assim cheguei ao curral apenas alguns segundos depois de Jesus ter nascido.
Lá só estavam: eu, o burro que transportava a Nossa Senhora, as ovelhas, o Menino Jesus, Maria e José. Os pastores desse rebanho, nesse momento , estavam a dormir. ”
Eu estava boquiaberto, não tinha palavras para expressar a minha admiração. Depressa recuperei a presença de espírito e perguntei:
“-Schrödinger! Tu que estás em toda a parte e sabes quase tudo, diz-me porque é que o Deus Menino se fez homem? Sempre pode ser verdade que veio para salvar a humanidade?”; E salvar de quê?
“-Não sei!” - respondeu-me o meu gato. “Dois mil anos depois, ainda me parece que Jesus veio a este mundo para transmitir uma informação importante aos gatos. Só que ainda não consegui entendê-la.”
“-Schrödinger! Será que Jesus veio ao mundo para confirmar que todos somos iguais perante Deus?”
A resposta do meu gato foi muito enigmática: - “Não sei! Mesmo para mim, os desígnios de Deus são insondáveis”
Nesse momento decidi-me a entrar por um caminho sem retorno. Iria procurar entender os desígnios Deus durante toda a minha vida.
09 abril 2024
A Sentença de Salomão - Parte 2
08 abril 2024
Hipótese Tenebrosa 2
CONTRA-VENENO ANTI-CIANATO
Assim temos necessidade de :
1-recursos de Defesa Armada ( Forças Militares dos 4 ramos : Exército, Marinha, Forças Aeroespaciais, Forças Militares do Ciberespaço e Robôs, isto é, aptas para Guerra de Nível 3.
Forças de Polícia de Investigação Criminal, Segurança Interna e Manutenção da Ordem Pública.
2-Recursos de Defesa Desarmada, proteção contra emergências, combate a catástrofes naturais ou assistência humanitária, bombeiros, serviço publico de alertas e assistência cívica.
(Estes serviços muitas vezes têm a designação genérica de Defesa Civil.)
3-Recursos de prevenção, deteção, seguimento e desmantelamento de atividades atentatórias dos Direitos Humanos e dos Direitos Liberdades e Garantias constitucionais.
Estes serviço ou funções devem ter um quadro ppermanente de recursos humanos complementado por um quadro de milicianos que seria fornecido através de um Serviço Cívico de Defesa obrigatório para todos os cidadãos maiores de 18 anos. A cada cidadão será dada a opção de escolha de Defesa Armada ou Defesa Desarmada tendo ambas um tronco comum de 3 a 6 meses de duração onde seria ministrada formação pessoal do corpo (ginástica, ordem unida, etc.) e do espirito (formação hábitos do espirito crítico, viualização leitura e interpretaçao de informação dos media), formaçao cívica (conhecimentos e utilização dos serviços e soluções tecnológicas públicas), formação patriótica (princípios de soberania, direitos liberdades e garantias, história e cultura portuguesas) e fundamentos de cosmovisão.
Findo este tronco comum de “recruta” os jóvens cidadãos juravam bandeira e adquiriam a cidadania plena. Sem “juramento de bandeira” as pessoas não deveriam ser considerados de maioridade de direito. Não poderiam ser titulares autónomos de património (material, intelectual ou financeiro.) Não poderiam eleger ou ser eleitos para órgãos do estado ou de entidades particulares, não poderiam exercer profissões autonomamente, não poderiam obter ou usufruir de títulos de competência profissional certificada. Não poderiam litigar autonomamente na justiça. Seriam considerados cidadãos dependentes.
É óbvio que estas limitações acima enumeradas deveriam ser efetivas para todos os cidadãos apenas depois de um período
transitório não inferior a 20 anos
adaptação da sociedade em que as medidas seriam implementadas paulatinamente e controlados os seus efeitos.
Finda a formaçao de recruta e após o juramento de bandeira cada cidadão candidatar-se-ia a uma ou mais especialidades de Defesa Armada ou Desarmada e frequentando pelo menos um curso habilitante, teorico-pratico, com duração mínima de um ano letivo, na modalidade presencial ou semi-presencial em que for admitido. Obtendo aproveitamento em provas nacionais de classificação, será titular de formação certificada na especialidade e poderá desempenhar a profissão titulada pelo diploma em entidades publicas ou privadas.
Hipótese tenebrosa 1
"Vêm aí os Russos! " ( Filme sobre a guerra, do género comédia, de Norman Jewison, 1966.).. Eram os tempos da Guerra Fria... Quem se lembra ? Vivíamos no terror permanente, de ser imolados, a qualquer momento, num holocausto nuclear, provocado por uns copos de vodca bebidos a mais, pelo pessoal de turno, nos silos de mísseis atómicos da Sibéria (e...os russos que conhecíamos bebiam sempre demasiado....), ou por alucinações provocadas, por consumo excessivo, de "Whiskey" pelos militares das forças de dissuasão americanas, nos seus "bunkers" enterrados no coração das Montanhas Rochosas.
Apesar da gravidade, gozavamos os de cá e os de lá. E, as visitas que fazíamos ao propagandeado paraíso do outro lado, mostravam uma discordante realidade mas, proporcionavam bons negócios segundo o ponto de vista de visitantes e visitados: trocava-se um par de calças Levis, por uma máquina fotográfica com lentes Leica. Eram os tempos do "Back in USSR", dos Beatles....
"A liberdade dos povos europeus decide-se campos de batalha da Ucrânia... Não nos falta coragem, nem combatentes... Faltam-nos, tanques, mísseis, aviões, drones canhões e munições "( Vlodomir Zelensky e em todas as mensagens que envia para os governantes e media ocidentais)
"O Czar Putin quer reconstituir o Império Soviético! " ( Frase muito repetida na SIC pelo meu conterrâneo José Milhazes, Jornalista Português )
Esta discussão, no momento atual, está no debate político dos governantes e oposições, não só em Portugal, mas também, em quase toda a Europa e também entre a juventude dos países da NATO.
É um debate muito mediatizado e é também um tema muito usado por partidos populistas, na sedução dos seus votantes.
O que tenho verificado, é que esta discussão se faz com pouco recurso a argumentos objetivos e racionais e, pelo contrario, é feita com viés de vários tipos de carga emocional excessiva .
Essa carga emocional, fundamenta-se numa ameaça concreta ou imaginada, de um inimigo estrangeiro.
Com a atual situação das guerras Ucrânia-Rússia e Israel-Palestina, mesmo nas fronteiras da Europa, com a participação da logística da UE e da NATO nestes conflitos, a ameaça ganhou rostos plausíveis:
–um inimigo concreto - A Rússia -
- um inimigo ideológico - O Islão na sua interpretação mais radical
-- um inimigo económico - A China
E segundo os seus políticos, os Europeus, ganharam, uma bandeira, um ideário comum, pelo qual devem lutar :
-A Democracia Liberal,
-o Direito Internacional e
- a Economia de Livre Mercado.
Perdidos que estão, os patriotismos e soberanias nacionais, a favor de uma abstracta e não sentida, mas consentida, União Europeia, com a sua identidade cada vez mais adulterada por cosmovisões, religiões, culturas, práticas políticas e económicas, atitudes e valores, oriundas dos países do Leste Europeu, ex-satélites da União Soviética, verifico que os mesmos políticos preconizam o regresso do Serviço Militar Obrigatório, que, ainda há pouco, tinham desmantelado, em favor do Serviço Militar Profissionalizado, que então implantaram em toda a NATO.
O problema é que as juventudes europeias, incluindo as dos países beligerantes, não aderiu como era desejado por eles, a este guião do Globalismo ou Internacionalismo Capitalista.
Pelo contrário, aderiu a um guião nacionalista, xenófobo e mesmo racista, dos partidos populistas anti-sistema, vozes de uma extrema direita, cada vez menos liberal, mais intolerante, e com um discurso de ódio, cada vez mais vincadamente fascista.
Nas últimas eleições, estes partidos populistas, que atingiram 20% dos votantes em muitos países e, que já estão no governo, em países do leste e centro da Europa, cresceram muito eleitoralmente, influenciando as políticas : interna e externa da UE e, em particular, a sua Política de Defesa. Tentam convencer os contribuintes europeus que a sua sobrevivência, depende do valor do Orçamento no campo Militar ao qual chamam de Defesa.
Para isso, as elites dominantes mundiais, as verdadeiras faces ocultas, representantes do "lado negro da humanidade", prepararam as populações, pelo menos desde a década de 70 do século XX, em que nas Seleções do Readers Digest se publicavam artigos a falar da "Cintura de fogo Islâmica da União Soviética"
Ou, no rescaldo do conflito Israel - Líbano , num documentário da BBC sobre os negócios do armamento, o negociante de armas Inglês Samuel Cummings (1) respondia à pergunta do entrevistador sobre onde seria a próxima guerra "- vai ser retalhado um país próximo da Europa dentro em breve ! ' e o documentário terminava com a frase: "Não será o Líbano! Porque já foi desfeito e dividido entre Israel Síria e Irão ". A 17 de Agosto de 1990 começou o conflito étnico religioso, Denominado Guerra Civil na Jugoslávia, que levou ao desmembramento deste estado e espalhou durante mais de uma década: a destruição, carnificina e ódio, neste país então ainda formalmente socialista.
A juventude europeia nascida depois de 1990, apresenta-se atualmente como a geração jovem, mais bem preparada e reivindica, cada vez mais cedo, uma participação mais ativa nas decisões, tanto a nível político como a nível económico, invocando cognome supremacista de "nativos digitais".
Penso que esta visão que os jovens europeus querem passar de si mesmos, não corresponde à realidade. E também penso que, com a ingenuidade que colectivamente demonstram, são presas fáceis dos extremismos, em especial dos da direita.
Não estão mais bem preparados, apesar de terem frequêcia de mais anos de escolaridade média e universitária e ostentarem mais diplomas do ensino médio e superior, pois, apenas sabem mais, sobre ciências e tecnologias , cada vez mais efémeras e de âmbito mais restrito.
Note-se que o tempo médio dos ciclos tecnológicos, nas áreas da economia mais afetados pela digitalização, está em menos de dois anos. O que significa que: um jovem recém formado, ao terminar os estudos, pode já estar a precisar de reciclagem e formação adicional, em matérias supostamentevda sua esfera de competência, para não ser considerado profissionalmente obsoleto.
Essa necessidade de aprendizagem contínua e estratégicamente orientada, para atualizaçao profissional ao longo da vida, esbarra no déficit de leitura e falta de vontade de aprender continuamente, apresentado, em média, pelas gerações mais jóvens.
A sua alardeada familiaridade com as tecnologias digitais, não demonstra conferir-lhes vantagem competitiva sobre as IA e Robôs, mesmo nas operações militares.
As gerações jovens apresentam ainda deficits de cosmovisão, coerente com o estado atual da ciência e da tecnologia.
São raros os universitários que leram o livro A 4ª Revolução Industrial, de Klaus Schwab; ou A Revolução do Algoritmo Mestre de Pedro Domingues; ou One Earth4All - Um guia de sobrevivência para a Humanidade, de Sandrine Dixon - Decleve
Apesar de muitos já terem instalada nos seus telemóveis, a APP com IA a fazer Tic Tocs de animações a partir de fotos deles ou dos amigos e de comandarem os seus Gadjets pela voz .
Por isso, embarcam tão facilmente em falsas notícias e falsos cenários divulgados sem qualquer controlo, pelas redes sociais, que frequentam.
Em média, deixaram de perseguir um objetivo concreto, mesmo que utópico, para se contentarem em viver uma realidade virtual, em cenários apocalípticos ou pós -apocalípticos, baseados em mitologias primitivas, negacionismos e pseudo-ciência, propagandeados nos media, pela indústria dos jogos e por políticos populistas, sem escrúpulos, que agem a soldo de elites de face oculta, detentoras do capital financeiro e donas dos complexos económicos das indústrias de:
- energia,
- combustíveis fósseis
- química
- farmacêutica
- agro-alimentar
- construção
- transportes
- logística militar
- eletrónica digital
- tecnologias da informação e computação , e todas as demais, que possam ser monopolizadas pelo capital financeiro.
Não foi por acaso, que os desenhos animados que, inicialmente, contavam fábulas ou estórias, com a moral baseada nos valores da bondade, solidariedade, liberdade, ordem, patriotismo, respeito (pelas pessoas, pelos animais e pela natureza, pelo bem público, pela privacidade, pela propriedade privada e coletiva,) passaram a fazer a apologia da violência e a desvalorizar a vida humana, enaltecendo pseudo heroîsmos e capacidade de matar ou cometer crimes.
Não é por acaso, que as atuais maiores audiências nos programas de TV, estão nos “reality shows”, e nas redes sociais dos jovens (e... A doença já chegou aos memos jovens), onde se expõe a vida privada dos intervenientes, em situações de conflito ou de relacionamento amoroso e sexual. Intervenientes esses, que aceitaram trocar a exposição pública da sua vida íntima, por um efémero período de fama.
No fundo estão a criar na população exposta, especialmente na juventude, um clima de banalização do mal, que deixa as pessoas com referências erradas e, por isso, permeáveis à solicitaçao de comportamentos extremistas.
O sistema educativo estatal e privado, abandonou a transmissão de uma visão holística e integrada da vida real, e passou a transmitir apenas ciência e tecnologias muito parcelares.
Um Sistema Educativo assim, que não transmite à geração seguinte, cultura e valores ou transmite a cultura e valores errados, em desacordo com as conquistas civilizacionais, não passa de um sistema instrutivo e para cúmulo, deficiente (“handicaped”).
Daí que, à juventude atual, lhe falte uma cosmovisão coerente coma civilização atual.
É interesse do estado colmatar estas falhas e dotar as gerações jóvens de sabedoria e valores conducentes com as necessidades nacionais globais.
Se elencarmos os desafios, perigos e ameaças ou insuficiências a que a sociedade portuguesa está sujeita, poderemos elaborar uma estratégia de defesa para os enfrentar, conter e eliminar. Isto significa que devemos fazer um plano de trabalhos com o respetivo caderno de encargos.
Os problemas, suscetíveis de resolução ou mitigação por intermédio de recursos de defesa podem organizar-se em três grandes grupos:
1–ambiente e recursos naturais
2-alterações climáticas, catástrofes naturais geológicas ou siderais, emergências sociais, emergências sanitárias, nucleares, bacteriológicas e químicas
3- guerra, terrorismo, crime organizado, atividades subversivas do estado de direito ou atentatórias dos direitos humanos.
(1)https://en.m.wikipedia.org/wiki/Samuel_Cummings